terça-feira, 19 de outubro de 2010

Ordem e Progresso

A família é o primeiro tipo de organização que conhecemos seguida pela escola, faculdade e trabalho. Já a organização do Estado, do Governo… Ih, falar desse assunto é tão chato, né?! Corrupção, roubalheira, falsidade, tráfico de influência, escândalos políticos, etc. já sabemos de tudo, pra que remexer mais nisso? Se quanto mais se mexe, mais fede.. deixa quieto então.

Não! Eu me recuso a deixar quieto o futuro do meu país. Temos a maior reserva de água potável do mundo, praias maravilhosas, a Amazônia (acho que essa ainda é nossa, né?!). Não temos terremoto nem vulcão em atividade. Somos privilegiados. Abençoados, quem sabe. Mas se somos abençoados é pela natureza, porque mesmo com tantas riquezas naturais, estamos pobres de consciência.

Somos pobres. Pobres de valores. Pobres de culpa. Pobres de consciência.

Não nos preocupamos com coisas primordiais, não queremos ver, nem se os fatos se esfregarem na nossa cara vestidos de verde e amarelo.

Ano após ano é a mesma história. Os mesmos políticos são eleitos com as mesmas promessas nunca cumpridas, as cidades continuam do mesmo jeito, o povo reclama e fala mal das mesmas coisas, chega a eleição e o que acontece? NADA. Ou pior: a mesma coisa de sempre.

Sabe aquela música, “eu sou brasileiro, com muito orgulho” ? Sinceramente, quando vejo o tipo de brasileiro que o Brasil está gerando, os valores levados em conta hoje em dia, as ideias que predominam dentre os jovens (que deveriam ser o futuro da nação) e o descaso com a política, sinto vergonha.

Brasil, eu sinto vergonha de você. As palavras que constam na sua bandeira me soam irônicas.

Política é um assunto chato, um assunto que “não se discute”, porque é interessante para aqueles que entendem do assunto, que cada vez menos pessoas procurem saber sobre isso. Afinal, se forem poucas pessoas o negócio fica mais fácil, mais restrito e o conhecimento que deveria ser público se torna de domínio de poucos.

Não sabendo e muito menos entendendo sobre política, somos leigos no assunto e como leigos não temos direito de opinião. “Ah, temos direitos sim!”, “Nós votamos! É o exercício da cidadania!”.

Aham, senta lá Brasil.

O voto é o exercício da cidadania. É por meio dele e só dele, que a voz do povo, voz de Deus se é feita ouvir. Somos obrigados a votar. Somos obrigados a dar opinião sobre um assunto que não dominamos. É quase a mesma coisa que obrigar o Ronaldinho a falar, a cada 4 anos, sobre Neurologia.

Qual o resultado disso? Pessoas sem informação necessária sendo obrigados a optar, candidatos tão despreparados quanto os eleitores, fantasiados, com musiquinhas, puro marketing. A campanha política se tornou uma competição pra ver quem tem a melhor propaganda, quem passa a melhor imagem.

Dessa maneira, a manipulação corre solta. Votamos pela imagem fabricada de alguém, por uma foto, por um sorriso, um depoimento de artista ou porque “aquele maldito ‘jingle’ não saiu da minha cabeça”.

Candidatos, políticos e futuros governantes usam disso para manipular, esconder e articular informações. Eles não apresentam propostas reais e cabíveis, não demonstram o mínimo de preocupação com o povo depois que são eleitos, usam do dinheiro público para financiar suas casas, viagens e carros e ainda auto denominam-se pai e mãe do Brasil.

O Brasil não precisa de mãe, não precisa de pai. Precisa de uma República séria com governantes comprometidos e eleitores conscientes. Não é competência do governo sustentar famílias inteiras, como um pai de família responsável. É responsabilidade do governo sim, criar condições dignas para que a população tenha acesso à saúde, educação, transporte e emprego de qualidade.

O governo não tem que dar o peixe, tem que ensinar a pescar e cuidar do rio, porque quando o “filho” Brasil estiver “doente”, com febre de 40 graus de tanta corrupção e vomitando violência, o papai e a mamãe não estarão lá para cuidar de seu filho debilitado. Afinal de contas, eles não sabiam de nada.

by: Franciele Heldeberg
(autorizado pela autora)

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Sim, eu sei, o blog fica meio jogado pra lá. Contudo, correntemente me lembro dele. É certo que há muitas coisas que desejaria postar aqui, entretanto a rotina, a falta de tempo e o cotidiano as fazem passar.

Trago-vos, agora, uma música e não, não é Lady Gaga ou qualquer outra modinha que possa estar nos meios de comunicação de massa nesse momento. Tampouco algo que não possa ser aproveitado ou sem significado. Pois a música que vos apresento, se já nao a conheceis é, não menos, baseada naquele que é e sempre será o mestre, o inspirador de muitos, não menos que Edgar Allan Poe, aquele de quem tanto falo e quem tanto venero.

Referida canção baseia-se em sua mais célebre obra, The Raven, que aqui já postei. Segue pois Ravenheart do Xandria.

É uma música muito bonita e transmite de maneira mais simples, mas não menos profunda uma mensagem muito próxima, senão a mesma, que é tratada em The Raven, com direito a uma paráfrase no ponto alto da música.



Xandria - Ravenheart
Come to me, Ravenheart
Messenger of evil

You shadow of forgotten dreams
You come to take away
My hope on your black wings

Come to me, Ravenheart
Messenger of evil
Come to me. What's the news?
Here I'm still left lonely

Of love and hate the singers tell
But I feel more, more of both,
More than heaven and hell.
I take a bow to destiny.
Now I have really learnt my part
Once loving him, now hating love
I've made mistakes, my Ravenheart

So come on

Come to me, Ravenheart
Messenger of evil
Come to me. What's the news?
Here I'm still left lonely

Will I get back who I adore?
Thus spoke the raven: nevermore.

Ohhhhh, Ohhhhh, Ohhhh
Ohhhhh, Ohhhhh, Ohhhh

Come on

Come to me, Ravenheart
Messenger of evil
Come to me. What's the news?
Here I'm still left lonely


Isso sem contar que o clipe é lindo.
Eis mais uma recorrencia de Poe no meu e espero que agora no vosso cotidiano.
Enjoy it