sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Aniversário de 201 anos

Definitivamente não havia data melhor para reativar o blog. no dia de hoje ele completaria - se não estivesse morto, óbvil - 201 anos de idade. Nunca esqueceria o Nascimento do Mestre. Ele: Edgar Allan Poe, mestre do mistério, escritor, crítico literário, poeta... Enfim, um homem brilhante que até hoje reúne seguidores, o mais fervoroso dentre eles foi, sem dúvida Baudelaire; entretanto há outros autores que também lhe devem algum tributo, como Julio Verne, Stephen King, Fernando Pessoa entre outros.

Nascido em 1809, Poe perde os pais quando tem apenas dois anos, depois é adotado, nunca formalmente, pela família Allan. Revelou cedo sua tendência para as letras e com catorze anos escreve seus primeiros poemas, publicados em revistas e jornais da Virgínia (EUA). Publicou seu primeiro livro, Tamerlão e Outros Poemas, quando tinha vinte anos, dedicou-se, também, à prosa e a ensaios. Morreu aos quarenta anos, por causa de bebidas e drogas, porém deixou-nos uma extensa obra. Como homem foi um atormentado, vítima de tragédias pessoais, do jogo e da bebida, contudo, como autor foi, sem dúvida, um gênio. Edgar Allan Poe manejou sensibilidade, engenho e raciocínio; o produto disso não poderia ser menos que excelentes, excitantes e exímias histórias de suspense, mistério, horror e humor. Mesmo com tantos contos e ensaios publicados, considerava-se um poeta, possuindo uma vasta obra poética, POE com descomunal destreza aritmética compunha seus poemas. Um exemplo mais que perfeito é seu mais célebre poema, The Raven. O próprio autor diz que "nenhum ponto de sua composição - de The Raven - se refere ao acaso, ou à intuição, que o trabalho caminhou, passo a passo, até completar-se com a precisão e a sequência rígida de um problema matemático." Que mais tem-se a cometar de um autor que desvenda para seus leitores os mistérios de sua composição e métrica? Um louco, talvez, pode-se inferir, por quê entregaria ele, pois, os segredos de sua obra prima? Pois digo, mesmo assim o tendo feito, POE nunca deixará de fascinar leitores mesmo com o passar dos anos. A melancolia do personagem de O Corvo incutirá sempre fundo; ou os tintinabulares de Os Sinos seram sempre "clangorantes, ululantes, graves, finos"; O que dizer das torres da Cidade no Mar - "Torres que o tempo rói e não vacilam!"? Quem mais daria um baile de máscaras quando a Morte Rubra ronda a cidade? Conversaria com uma múmia? Reencontraria Ligéia em outra pessoa? Emparedaria, sem perceber, a própria mulher ao tentar livrar-se de um Gato Preto? Por certo POE foi e sempre será único, não há como comparar o Mestre com qualquer outro, pois, como ele mesmo diz em um de seus poemas:

"


Não fui, na minha infância, como os outros
e nunca vi como os outros viam.
Minhas paixões eu não podia
tirar de fonte igual à deles;
e era outra a origem da tristeza,
e era outro o canto, que acordava
o coração para alegria.
Tudo que amei, amei sozinho.
Assim, na minha infância, na alba
da tormentosa vida, ergueu-se,
no bem, no mal, de cada abismo,
a encadear-me, o meu mistério.
Veio dos rios, veio da fonte,
da rubra escarpa da montanha,
do sol, que todo me envolvia
em outonais clarões dourados;
e dos relâmpagos vermelhos
que o céu inteiro incendiavam;
e do trovão, da tempestade,
daquela nuvem que se alteava,
só, no amplo azul do céu puríssimo,
como um demônio, ante meus olhos."

Após essa pequena demonstração daquele que sempre será o Mestre, não há mais nada o que comentar.

EDGAR ALLAN POE IN PACE REQUIESCAT [19/01/1809 - 07/10/1849]

3 comentários:

Aline disse...

eeeeeeeeehhhhhhhh rick muito 10 seu blog parabéns a esse grande escritor bjinhos

Darkness Maiden disse...

achei eu blog bem interessante... ele está agora na lista do Darkness Maiden.
Agradeceria se você passasse a seguir ele também

Larissa Ferreira disse...

Putz, pior q o Poe é ninja. Sua escrita tem um carater psicológico intenso... + Uma coisa q o Richard fez eu gostar rsrsrsrsrs